quarta-feira, 20 de julho de 2011

BRASIL - Missão Centenário - 1906-2006 - 14 Bis.

Data de emissão, 03/04/2006.
Picotagem, 11,5 x 11,5.
Processo de Impressão, Ofset.
Papel, Cuchê gomado.
Valor Facial, R$ 0,85 cada.
Tiragem, 3.000.000.
Desenho, Alan Magalhães.
Folha, 24 selos.
Locais de Lançamento, Estação Espacial Internacional, Brasília/DF, São José dos Campos/SP, Bauru/SP, e Santos Dumont/MG.
Impressão, Casa da Moeda do Brasil.



MISSÃO CENTENÁRIO - 1906 -2006
Agência Espacial Brasileira

As atividades espaciais no Brasil tiveram início quase concomitantemente com as primeiras incursões do homem ao espaço. Apesar dos muitos obstáculos transpostos, hoje, o Brasil ocupa uma destacada posição nas atividades espaciais entre os países do Hemisfério Sul.

Satélites desenvolvidos e construídos no Brasil estão no espaço provendo informações sobre a nossa ecologia, em amplitude e freqüência antes não alcançadas. Também foram desenvolvidos foguetes de sondagem, que nos permitem realizar experimentos científicos em ambientes de microgravidade.

Em reconhecimento a sua capacidade, o Brasil integrou-se, por convite do governo norte-americano, ao Programa da Estação Espacial Internacional – ISS, do qual participam, além do Brasil, Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão e 11 países da Europa, por intermédio de suas respectivas agências espaciais.

Na condição de representante do Governo brasileiro no Programa da ISS, a Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), inicialmente criou o Programa Microgravidade, oferecendo oportunidades a instituições brasileiras de realizar experimentos por elas desenvolvidos, em ambientes de microgravidade, resultantes de vôos suborbitais.

A participação brasileira na ISS, em razão de peças fabricadas por indústrias nacionais para aquela espaçonave, outorgava o direito de realizar experimentos em ambientes de microgravidade de longa duração e de incluir um brasileiro em uma de suas tripulações. Nesse sentido, foi iniciado o treinamento do Tenente-coronel Aviador Marcos Cesar Pontes no Johnson Space Center (JSC/Nasa), em Houston, para se tornar o primeiro astronauta brasileiro. Paralelamente, foram instadas e preparadas instituições brasileiras de pesquisa para desenvolverem experimentos a serem realizados a bordo da Estação Espacial Internacional - ISS.

Entretanto, em razão do acidente que destruiu a espaçonave Columbia, da Nasa, os vôos desse tipo de astronave, os “ônibus espaciais”, foram suspensos, sem previsão de regularização. Em face disso, e considerando a existência de experimentos em desenvolvimento para realização a bordo da ISS foram mantidas negociações com a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos), e firmado contrato para vôo à ISS, do Ten.-Cel. Pontes, a bordo da espaçonave russa Soyuz, com lançamento previsto para março de 2006. Esse vôo foi denominado MISSÃO CENTENÁRIO, em razão do ano de sua realização coincidir com o da comemoração do centenário do vôo de Santos Dumont, no 14 Bis, no Campo de Bagatelle, em Paris, em outubro de 1906.

Nos oito dias a bordo da ISS, o Ten.-Cel. Pontes realizará nove experimentos, sendo sete desenvolvidos por instituições brasileiras de pesquisa e dois por estudantes do ensino médio de escolas de São José dos Campos (SP).

Estou certo de que a Missão Centenário, registrada por meio de um selo postal comemorativo, será um marco na história das atividades espaciais no Brasil e uma excelente oportunidade para que os brasileiros conheçam o Programa Nacional de Atividades Espaciais e reconheçam não só a sua importância para o desenvolvimento do País, mas, também, a presença cada vez maior das atividades espaciais no nosso dia-a-dia.

Fonte :
Sérgio Gaudenzi
Presidente da Agência Espacial Brasileira

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