quarta-feira, 25 de agosto de 2010

BRASIL - A Encantada - 2002.

Data de emissão, 19/07/2002.
Picotagem, 11,5 x 11,5.
Processo de Impressão, offset.
Papel, Couché gomado com brilho.
Tiragem, 300.000
Desenho, Maria Maximina.
Folha, 2 selos.
Valor Facial, R$ 1.00 cada selo.
Área de desenho, 38x38mm.
Dimensões do selo, 38x38mm.
Dimensões do bloco, 85mmx127mm.
Local de lançamento, Petrópolis, RJ.
Impressão, Casa da Moeda do Brasil.
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EDITAL
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CASA DE SANTOS DUMONT - A ENCANTADA

Sempre que vinha ao Brasil, Alberto Santos Dumont gostava de passar algum tempo em Petrópolis, a Cidade Imperial, apesar de ter fixado residência em Paris, em 1892. Homem acostumado a lidar com a inventividade, logo tratou de construir uma casa num terreno íngreme, acidentado, situado na Rua do Encanto - nome que deu origem à "Encantada".

No início do século, já tendo conquistado os céus com seus sucessivos inventos, como os aviões 14-Bis e Demoiselle, Santos Dumont vivia um forte conflito pessoal. Ele precisava de um refúgio, uma vez que não se dedicava mais à aviação. Para construir o chalé de estilo europeu, contratou o engenheiro Eduardo Pederneiras, fornecendo-lhe as coordenadas daquela que viria a ser uma moradia bastante especial, até hoje admirada por seus detalhes sui generis. No ano de sua construção, lá passou o inverno e escreveu o segundo livro "O que eu vi, o que nós veremos", fruto de suas inquietações e reflexões.

Como alguém acostumado a desafiar a criatividade e tudo aquilo que era comum, Santos Dumont concebeu cada detalhe da casa branca de janelas verdes, envolta por um bambuzal e muitas flores, constantemente visitada pelos passarinhos. A casa tornou-se, assim, o seu recanto mais visitado, e não poderia ser diferente, pois refletia toda a genialidade de seu proprietário. Composta de uma única peça, nela não há paredes internas e as divisões são feitas por meio de elevações do solo. O primeiro plano foi destinado à pequena oficina mecânica e à câmara-escura, para fotografias. O segundo plano ficou sendo a sala de estar/jantar e biblioteca; no terceiro plano, onde ele idealizou uma espécie de girau, foi instalaado o dormitório e o banheiro. Cozinha não existe na casa, uma vez que ele mandava buscar as refeições num hotel próximo dali. Era um homem de hábitos peculiares, porém, simples.

Dumont gostava de passar horas observando os céus. Para isso, foi construído na parte externa da casa, um passadiço de madeira que liga a porta dos fundos ao terraço, de onde parte outro acesso para o observatório astronômico, instalado sobre a cobertura de flandres.

Santos Dumont faleceu em 1932. Em 1936, a família teve a iniciativa de doar a casa ao município de Petrópolis, com o objetivo de que ela perpetuasse a memória e os costumes de um brasileiro tão ilustre.

Trata-se de um dos pontos turísticos mais visitados da cidade e abriga um grande acervo, que reúne objetos de uso pessoal de Santos Dumont.

Os Correios honram a memória do "Pai da Aviação", ao lançar um selo assinalando a "Encantada", que, mais do que um ponto turístico, é um espaço de contemplação do grande poder de inventividade de Santos Dumont.

Fundação Cultural de Petrópolis - Rio de Janeiro

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